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Hipotiroidismo
20 de August de 2018

Hipotiroidismo

  • Diagnóstico

A onda fitness dos últimos anos vem popularizando vários termos que antes se reservavam apenas aos consultórios médicos. Um deles, muito comum, confundido e subentendido é o HIPOTIROIDISMO (ou hipotireoidismo), um distúrbio em que a tireoide passa a funcionar menos do que deveria.

 

A tireoide é o órgão responsável pela produção de hormônios específicos no nosso corpo, necessários principalmente para regular o metabolismo. Para quem não está habituado ao o termo, o metabolismo é o conjunto das reações químicas que controlam o funcionamento do nosso corpo. De forma mais clara, a velocidade do emagrecimento ou da engorda, do ganho ou da perda de massa e o modo como o seu corpo reage às gorduras, carboidratos e todas as outras substâncias que ingerimos no dia a dia dependem do metabolismo.

 

A velocidade do metabolismo é controlada por um hormônio produzido pela tireoide. No caso do hipotireoidismo, a tireoide produz menos hormônio do que o necessário, e isso faz com que as reações químicas ocorram em marcha lenta. Por isso, sintomas como fadiga, sonolência e fraqueza muscular são comuns no hipotireoidismo.

 

Como consequência, o corpo queima menos energia do que deve e isso gera um fato que incomoda muita gente: aumento do peso (ou, no mínimo, dificuldade para emagrecer). Apesar de a pessoa diminuir a quantidade de calorias ingeridas e/ou aumentar a atividade física, ela funciona numa velocidade menor ainda, gerando excesso de energia, que será convertida em gordura.

 

Entre as causas de hipotireoidismo, as doenças autoimunes são as mais importantes. Nelas, em determinado momento, o organismo começa a produzir anticorpos contra a própria tireoide, fazendo com que ela funcione menos do que deveria. Antigamente, era comum desenvolver hipotireoidismo por falta da ingesta de iodo (elemento indispensável na formação do hormônio tireoidiano), mas hoje em dia, a carência não ocorre mais, pois o sal de cozinha deve, obrigatoriamente, conter iodo em composição.

 

O conhecimento acerca da existência da doença é muito importante, mas também apresenta seus riscos: autodiagnóstico e automedicação. Muitos pacientes, sem a orientação de seu médico, utilizam medicamentos em dosagens incorretas ou com o intuito do tão sonhado emagrecimento rápido e indolor. E é claro que esse uso inadequado acarretará consequências danosas, não só para a própria tireoide, mas também para o organismo todo.

 

O médico de família, através de uma boa consulta complementada pelos exames adequados, encontra-se apto a fazer o diagnóstico correto e a proporcionar o tratamento correto. Lembre-se de que o tratamento inadequado, além de não resolver o problema, pode levar ao surgimento de outros.